Os problemas que nós enfrentamos hoje na Europa a respeito aos refugiados são resultado de uma agenda de "intervenções militares" dos EUA. Onde estão as críticas duras dos nossos políticos na Euorpa contra essa política?
Nas intervenções militares dos EUA no Iraque de agosto de 2014 foram ometidos crimes de guerra que resultaram em 450.000 refugiados. Lembramo-nos que o ISIS - Estado Islâmico - é uma consequência directa da invasão do Iraque.
Nessa altura fomos distraídos pelos meios de comunicação com tópicos da crise ucraniana e o MH17 que tiveram lugar ao mesmo tempo. Nessa altura o máu foi o Putin e não o Obama. Saibam que o "Mr. Niceguy" Obama é o presidente americano que matou mais pessoas com ataques de drones na historia e com um grande numero de vítimas civis .
Lembram-se das críticas gritantes dos políticos nos meios de comunicação sobre a crueldade dos Russos quando libertaram Aleppo da ISIS? Lembram-se dos números chocantes relatados de casos individuais quando bombas alegadamente ou de facto atingiram instalações civis?
Sim, na verdade haviam vítimas civis - a Rússia nunca o negou esse facto. No estudo, a Brown University informa sobre como os EUA libertaram a cidade de Raqqa da SI em 2017, da seguinte forma:
"Um exemplo proeminente de expulsão é a luta liderada pelos EUA em 2017 para conquistar Raqqa ao Estado islâmico, que resultou em 470.000 expulsões. Uma grande parte da cidade foi destruída. Mais de 1.600 civis não puderam escapar e morreram nos combates, milhares ficaram feridos".
Onde estava a condenação dessa operção militar dos EUA pelos nossos líders políticos?
Ao contrario em Aleppo, após da libertação da cidade pelos russos, a vida normal voltou. O mesmo não se pode dizer de Raqqa até aos dias de hoje.
A deslocação, causado pelas guerras Pós-11 de Setembro dos Estados Unidos, têm causado um sofrimento físico, social, emocional e económico incalculável a indivíduos, famílias, aldeias, cidades, regiões e países inteiros.
Nada nos pode transmitir os danos humanos do deslocamento. As pessoas por detrás dos dados são difíceis de identificar e não conseguem transmitir o que se deve sentir ao perder a sua casa, os seus pertences, o seu ambiente social etc.
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